A PESQUISA


Ao pesquisar o teatro destinado às crianças, descobrimos que este merece - e deve - ser feito de maneira tão responsável quanto ao "teatro para adultos", como afirma o mais respeitado diretor teatral da atualidade, Peter Brook:
"As crianças são muito melhores e mais objetivas do que a maioria... elas não têm preconceitos, nem teorias, nem idéias fixas. Chegam querendo se envolver por inteiro no que estão vendo, mas se perderem o interesse não precisam disfarçar a falta de atenção".


A primeira tarefa do teatro para crianças é vencer as barreiras e os preconceitos que contornam o trabalho artístico para este público. Acreditar que a criança é um ser completo, e não um ser incapaz de entender a cena ou que ela é "um adulto em formação ou em processo". Acreditar que com essa platéia é possível estabelecer diálogos, críticas e questões sobre o espetáculo teatral.


A não utilização de cenário e adereços complexos é proposital, ou seja, ajudar o público a desenvolver a imaginação como construção de imagens. A linha de pesquisa em teatro para criança - e não teatro infantil - mostrou ao grupo que não devemos subestimar a imaginação e o poder de crítica das crianças, e assim, desenvolver a imaginação e o poder de participação delas.